– Sai mais uma dose tripla ai garçom!
– Aguiar, acho que está na hora de parar. Você está desde a manhã de hoje aqui bebendo. Já está na hora de ir para casa.
– Quem você pensa que é seu barmanzinho filho da puta? – falou o homem já tomado pela bebida.
– Opa! Vamos com calma aí. Eu não admito ser desrespeitado dentro do meu próprio estabelecimento.
– Eu não tenho nada com isso. Quer respeito? Respeite primeiro essa aqui! – falou Carlos Aguiar tirando do bolso uma “39” e apontando para a testa do garçom.
– E agora seu merda, ainda quer me desafiar?
– Tudo bem, Aguiar desculpe, não está mais aqui quem falou – disse o garçom do bar.
– Você tem muita sorte. Você só está vivo porque eu gosto daqui. Se fosse outro, já estaria com os miolos espalhados pelo chão.
– Menos, homem, menos – bradou Jimmy Bobo entrando pela porta do bar.
– Jimmy que bom que você está por aqui. Eu estava mesmo precisando de um amigo.
– Como assim? Eu nem lhe conheço. De onde você me conhece?
Antes que Aguiar pudesse pronunciar uma sílaba, o Subchefe entra no recinto.
-Alto lá! Estão todos presos.
– Presos porque, guardazinho? – Falou Aguiar sem qualquer senso do que estava fazendo.
Jimmy resolveu então fazer o jogo do Subchefe, pois não poderia ser preso. Se assim fosse, ficaria sem liberdade para achar os mafiosos.
– Eu não tenho nada a esconder Subchefe. O Garçom está de prova que acabei de chegar.
– O que me diz, barman? – perguntou o Subchefe ao garçom
– Ele está falando a verdade Subchefe.
– Mas esse outro vai para a delegacia.
– Eu não vou a lugar nenhum guardazinho…
Aguiar puxou o revolver e ia atirar, mas Jimmy Bobo foi mais rápido. Sacou sua arma e atirou contra o revolver de Aguiar em sua mão.
Aguiar surpreso, falou:
– Jimmy, porque fez isso? Eu pensei que era meu amigo.
– Amigo? Está louco? Você nem me conhece.
O Subchefe interrompeu e levou os dois para a delegacia.
Máfia de Castle Rock. Alta Cúpula…
– Então ele agiu novamente Elton?
– Sim senhor. Ele está criando dificuldades para nossa organização.
– Teremos que tomar medidas drásticas então.
Ao lado do grande CSM (Chefe Supremo da Máfia) estava em uma cadeira com pouca iluminação um sinistro personagem se somente ouvia o que era falado. De repente interrompeu seu silêncio e disse:
– Acho que você deveria deixar tudo comigo. Tenho melhores condições de acabar com esse abelhudo chamado Garra se lhe colocar em evidência.
– Meu caro amigo, isso jamais ocorreria pois jamais alguém vai suspeitar de mim.
– Eu sei que você é o CSM, mas como poderia saber se Elton iria lhe trair por exemplo?
– Elton está comigo há muitos anos e na menor possibilidade de alguém me trair tenho pessoas próximas a todos que trabalham comigo. Por exemplo, se ele tentasse me matar agora, eu já saberia disso.
– Mesmo que ele não falasse nada para ninguém? – perguntou o indivíduo ao lado do CSM
– Caro amigo, todos eles são vigiados até quando fazem suas necessidades fisiológicas. Quando entram para a organização eles estão a a par disso e caso não aceitem são executados sumariamente e desovados no rio.
– É verdade eu sei disso meu caro CSM, afinal se não soubesse, não me chamaria Arbost.
CONTINUA…
Por Alci Santos